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Sintomas da Síndrome de Asperger



Cada criança é um mundo e não se pode generalizar. Menos ainda nos casos de Asperger. Um diagnóstico preciso e seguro só poderá ser dado por um  médico especialista, assim como o devido tratamento.
No entanto, existem algumas características que podem ser observadas pelos pais quando seus filhos tenham entre 2 e 7 anos de idade. Normalmente, uma criança com Asperger pode apresentar algumas características com maior frequência. Aqui, apresentamos algumas:
1- Habilidades sociais e controle emocional

- Não desfruta normalmente do contato social. Relaciona-se melhor com adultos que com crianças da mesma idade. Não se interessa pelos esportes. 
- Tem problemas de brincar com outras crianças. Não entende as regras implícitas do jogo. Quer impor suas próprias regras, e ganhar sempre. Talvez por isso prefira brincar sozinho. 
- Custa-lhe sair de casa. Não gosta de ir ao colégio e apresenta conflitos com seus companheiros.
- Custa-lhe identificar seus sentimentos e os dos demais. Apresenta mais birras que o normal. Chora com facilidade por tudo. 
- Tem dificuldades para entender as intenções dos demais. É ingênuo. Não tem malícia. É sincero.
2- Habilidades de comunicação
- Não pode olhar nos olhos quando fala contigo. Crê em tudo aquilo que lhes dizem e não entende as ironias. Interessa-se pouco pelo que dizem os outros. Custa-lhes entender uma conversa longa, e muda de tema quando está confusa.
- Fala muito, em tom alto e peculiar, e usa uma linguagem pedante, extremamente formal e com um extenso vocabulário. Inventa palavras ou expressões idiossincrásicas.
- Em certas ocasiões, parece estar ausente, absorto em seus pensamentos.
3- Habilidades de compreensão
- Sente dificuldade em entender o contexto amplo de um problema. Custa-lhe entender uma pergunta complexa e demora para responder. 
- Com frequência não compreende uma crítica ou um castigo. Assim como não entende que ele deve portar-se com distintas formas, segundo uma situação social. 
- Tem uma memória excepcional para recordar dados e datas. 
- Tem interesse especial pela matemática e as ciências em geral.
- Aprende a ler sozinho ainda bem pequenos. 
- Demonstra escassa imaginação e criatividade, por exemplo, para brincar com bonecos.
- Tem um senso de humor peculiar.
4- Interesses específicos
- Quando algum tema em particular o fascina, ocupa a maior parte do seu tempo livre em pensar, falar ou escrever sobre o assunto, sem importar-se com a opinião dos demais. 
- Repete compulsivamente certas ações ou pensamentos para sentir-se seguro.
- Gosta da rotina. Não tolera as mudanças imprevistas. Tem rituais elaborados que devem ser cumpridos.
5- Habilidades de movimento
- Possui uma pobre coordenação motora. Corre num ritmo estranho, e não tem facilidade para agarrar uma bola.
- Custa-lhe vestir-se, desabotoar os botões ou fazer laço nos cordões do tênis.
6- Outras características
- Medo, angústia devido a sons como os de um aparelho elétrico.
- Rápidas coceiras sobre a pele ou sobre a cabeça.
- Tendência a agitar-se ou contorcer-se quando está excitado ou angustiado. 
- Falta de sensibilidade a níveis baixos de dor. 
- São tardios em adquirir a fala, em alguns casos. 
- Gestos, espasmos ou tiques faciais não usuais. 


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PROCESSAMENTO AUDITIVO CENTRAL




O QUE É O PROCESSAMENTO AUDITIVO?
É o processo de decodificação das ondas sonoras desde a orelha externa até o córtex cerebral, ou seja, a capacidade de analisar, associar e interpretar as informações sonoras que nos chegam pelo sentido da audição.

O QUE É UM DISTÚRBIO DO PROCESSAMENTO AUDITIVO CENTRAL (DPAC)?É uma falha no desenvolvimento das habilidades perceptivas auditivas, mesmo com audição normal, é totalmente diferente de perda auditiva. Em geral encontra-se associado a dificuldades de aprendizagem.

A CRIANÇA PODE APRESENTAR DPAC SE DEMONSTRAR ALGUMAS DESTAS MANIFESTAÇÕES:
- Apresenta dificuldade em manter atenção aos sons;
- Dificuldade na aprendizagem da leitura e escrita;
- Dificuldade em compreender o que lê;
- Necessidade de ser chamado várias vezes ("parece" não escutar);
- Solicita com freqüência a repetição das informações: Ah? O quê?
- Dificuldade em entender expressões com duplo sentido ou piadas ou idéias abstratas;
- Dificuldade ao dar um recado ou contar uma história;
- Problemas de memória para nomes, datas, números e etc.
- Dificuldade em acompanhar uma conversa, aula ou palestra com outras pessoas falando ao mesmo tempo.
- Problemas de fala (troca /L/R/S/E/CH/)
- Dificuldade em localizar a origem dos sons.

O QUE PODE CAUSAR O DPAC?
- Genética um grande número de casos é hereditário, pais e filhos apresentam características semelhantes.
- Otites freqüentes durante os 3 (três) primeiros anos de vida (Processos alérgicos respiratórios, tais como sinusites, rinites e até mesmo refluxo gastro-faríngeo estão comumente associados).
- Permanência em UTI-Neonatal por mais de 48 horas.
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Experiências auditivas insuficientes durante a 1ª infância.
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TDAH: quando não compreendido, um transtorno

Nos depoimentos de mães, pais e especialistas no assunto, as semelhanças são marcantes. Os portadores do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) são impulsivos, agitados, irrequietos, ansiosos e tão inteligentes e carinhosos quanto mal compreendidos e rejeitados – o que acontece porque, quando se trata de TDAH, falta informação e sobra preconceito.

Com um ano e quatro meses de idade, em 1986, Fernando começou a andar. A partir daí, ficar parado tornou-se algo simplesmente impossível para ele. Um ano e dois meses depois, sua mãe, Mara Narciso – endocrinologista, acadêmica de jornalismo e autora do livro Segurando a hiperatividade – decidiu levá-lo a uma psicóloga. Por ser “acelerado” e “incapaz de sossegar um minuto que fosse”, Fernando ficava sujeito a toda sorte de acidentes. “Machucava a toda hora, e demorou muitos anos para entender que buraco era buraco e que pular dentro dele como se não existisse o faria machucar. Corria na direção de uma escada como se não houvesse desníveis”, relata Mara.

Quando Fernando tinha quatro anos, sua mãe o levou a um neuropediatra em Belo Horizonte que definiu o que ele tinha como Disfunção Cerebral Mínima, problema que se caracterizava exatamente pela hiperatividade. O médico disse a Mara que Fernando era o “segundo caso mais grave” que ele já havia visto em 25 anos.

Hoje, cerca de 3% das crianças e de 1% a 1,5% dos adultos de todo o mundo apresentam o TDAH, que também é conhecido como DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção) ou, em inglês, ADD, ADHD ou AD/HD. A incidência parece ser maior entre o sexo masculino, mas os especialistas consideram esse dado ainda em discussão. Essas informações foram reveladas pelo psiquiatra Mario Louzã Neto, coordenador do Projeto Déficit de Atenção e Hiperatividade no Adulto (PRODATH) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP – Universidade de São Paulo, em entrevista divulgada neste site.

Conforme explica a neurologista Lais Pires, a causa do TDAH está relacionada a uma predisposição genética – o que já foi comprovado através de estudos, inclusive com a análise comportamental de gêmeos univitelinos que viveram em ambientes separados e apresentaram, ambos, características de TDAH – e também a fatores ambientais: bebês prematuros podem ter uma chance maior de apresentar o Transtorno, que nesse caso estaria relacionado ao sofrimento ao nascer.

A hiperatividade é apenas uma das três principais características associadas ao TDAH. As outras duas são a facilidade para se distrair e a impulsividade. Nas meninas, é mais comum a forma do TDAH em que predomina a desatenção: elas parecem tranqüilas, e na sala de aula muitas vezes se mostram quietas, sem perturbar o ambiente como os meninos. No entanto, essa aparente calma esconde um pensamento que voa e se distrai com ele mesmo, e a falta de aproveitamento escolar é refletida nas notas do boletim. Já nos meninos é mais comum a forma de TDAH que une a hiperatividade com a impulsividade, podendo ou não ser acompanhadas da tendência à distração. O aparecimento das três formas juntas configura a forma mista de TDAH.

A dopamina, estimulante que ajuda a fixar a atenção, está presente em menor quantidade no cérebro de quem apresenta o TDAH. Uma sensação de prazer é capaz de aumentar a produção e o aproveitamento da dopamina pelo cérebro – por isso quem tem TDAH, quando faz uma atividade de que gosta, é capaz de se concentrar melhor nela do que numa outra que não lhe é tão aprazível. Isso explica queixas constantes de pais com filhos agitadíssimos e com dificuldade para se concentrar nos estudos, mas que se saem bem no videogame: enquanto a tecnologia evolui a passos largos e os estímulos nesse sentido se tornam cada vez maiores às crianças, a escola permanece no mesmo formato e se torna pouco atraente em comparação com outros estímulos. Apesar de o nome do Transtorno ser constituído da expressão “déficit de atenção”, a Dra. Lais destaca que na verdade os portadores do TDAH têm “excesso de atenção”. “Eles não conseguem evitar que os estímulos competitivos entrem naquele momento em que eles têm que prestar atenção numa outra coisa; é como se fosse uma antena que estivesse captando interferências de outras”, define. E não apenas fatores externos funcionam como estímulos: os próprios pensamentos também.

O ambiente agitado que marca os dias de hoje, com a grande quantidade de estímulos que o constituem, é um fator que propicia a detecção da presença do TDAH num indivíduo. Dra. Lais destaca que, em outros tempos, os estímulos eram menos variados e as possibilidades de “perder o foco” eram também menores. Com isso, menos casos eram observados. Com o passar dos anos, cada vez mais casos de TDAH têm sido reconhecidos por pais, professores e especialistas.

Diagnóstico requer cuidado; tratamento é indispens
ável
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, o consumo de metilfenidato -anfetamínico potente usado no controle do TDAH, por agir aumentando a dopamina no cérebro – passou de 23 kg em 2000 para 93 kg em 2003, no Brasil. é comum crianças com TDAH tomarem remédio com esse princípio ativo para, entre outros fins, conseguir a concentração necessária para evitar o baixo rendimento escolar. A partir de uma análise desse panorama, a psicóloga Helena Rego Monteiro acredita que esteja ocorrendo o que ela chama de “medicalização da vida escolar”.
“Hoje, o que parece existir como única opção é a lente da biomedicalização querendo ensinar que não só o ‘fracasso’ do escolar e suas condutas disruptivas, mas a vida como um todo tem um determinado remédio, uma pílula. Hoje, não é raro encontrar em mochilas escolares uma caixa de remédio dividindo o espaço com o lanche, os cadernos e as canetas, dando-nos a impressão de que, naturalmente, fazem parte do material escolar”.

É fato que muitas das ocorrências comuns ao comportamento de alguém que tem TDAH podem ser identificadas em pessoas que não têm o distúrbio. E isso exige atenção. “Quem, nos dias de hoje, não faz mais de uma coisa ao mesmo tempo, ou melhor, várias coisas ao mesmo tempo? Quem não sente medo, não sente uma demasiada tristeza em certos confrontos com as produções de subjetividades do mundo contemporâneo? Então somos todos desatentos, hiperativos, portadores do pânico ou deprimidos?”, questiona Helena, fazendo um alerta para que nem todos sejam taxados de TDAHs antecipada e equivocadamente.

Para o cuidado necessário ao diagnóstico do TDAH, Dra. Lais tem uma definição que segue à risca: só existe transtorno quando há prejuízo. “Tem pessoas que tiram partido da sua hiperatividade: elas conseguem fazer muitas coisas ao mesmo tempo e fazem bem. Então não tem transtorno, elas vivem muito bem com a hiperatividade delas”, diz, acrescentando que muitas vezes características de TDAH existentes num indivíduo não têm efeito significativo em sua vida e especificando que o maior problema do TDAH é atrapalhar as funções executivas.

Nas crianças, essas funções seriam atividades do dia-a-dia como almoçar ou tomar banho, por exemplo, que poderiam deixar de ser momentos simples para se tornar demorados ou complicados, mostrando a dificuldade – comum aos portadores de TDAH – de começar e terminar uma tarefa. Na escola, as funções poderiam ser escrever uma redação ou ler o enunciado de uma questão de prova. Muitas vezes quem tem TDAH se sai mal em testes simplesmente porque não teve paciência de ler um texto até o fim. O grau de inteligência que eles apresentam é igual ao dos demais alunos, mas como seu desempenho passa a ser sempre baixo, eles se sentem desestimulados e mais uma vez a escola perde para uma série de outras atividades mais interessantes em que eles se saem bem. À medida que um indivíduo cresce, o grau de dificuldade das tarefas que ele precisa realizar tende a aumentar e, com isso, a frustração por não terminar as atividades ou não obter sucesso ao realizá-las também aumenta.

Dra. Helena questiona a maneira como é feita a separação entre crianças “normais e anormais” e acredita que “o pior efeito do TDAH para a vida de crianças e adultos é ser rotulado pelo saber-poder médico como um ‘doente’”. A psicóloga explica que, para definir a existência do TDAH em indivíduos, os especialistas se baseiam em um manual, que ela não considera suficiente. “A partir do manual seremos capazes de separar doentes e sadios, normais e anormais; poderemos identificar aqueles que desviam do padrão. Nesse sentido, a pergunta que temos a fazer é: desviar do padrão não é bom para quem?”

Dra. Lais conta que, antes de receitar remédio para um paciente, faz uma análise completa de como ele se comporta na escola, mas não se limita a isso. Ela também procura saber, através de relatórios, como é seu paciente em todos os outros ambientes de sua vida – em casa e em momentos de socialização e brincadeiras, por exemplo. Somente quando constata que em todos os setores ele apresenta características de TDAH ela tem certeza da existência do Transtorno e prescreve a medicação. Se o problema se verificar em apenas uma das áreas, a solução é diferente, pois não se trata de TDAH e então receitar metilfenidato seria um equívoco.
Mara sempre achou Fernando diferente das outras crianças, levou-o a vários médicos até se certificar do que tinha e concorda com a Dra. Lais, afirmando que os prejuízos do TDAH são indiscutivelmente sentidos por ele em vários aspectos de sua vida. “Após quase cinco anos em duas faculdades, Turismo e Hotelaria, e depois Design, em que cursa o quinto período, meu filho pensa em largar tudo novamente. Está tentando entrar no mercado de trabalho fazendo Auto-Cad, é muito só e isolado, sofre muito com isso, e com todos os tratamentos que fez, ainda não se encontrou. Isso não é invencionice”.
Se ser taxado de “doente” é ruim, não ser diagnosticado e tratado pode trazer conseqüências ainda piores para quem tem TDAH. O site da Associação Brasileira de Déficit de Atenção (ABDA) afirma que uma de suas grandes lutas é que “o TDAH seja identificado num grande numero de crianças e adolescentes que estão enfrentando grandes dificuldades na vida acadêmica, sem receber diagnóstico ou tratamento adequado”. A associação enfatiza ainda que, mesmo com o aumento de 940% das vendas de metilfenidato de 2000 para 2004, apenas 5% dos pacientes com TDAH no Brasil são tratados.

Um grande problema da atualidade seria o uso indevido do metilfenidato. Pessoas que não precisam de fato da substância, mas que sabem que o medicamento resulta num aumento de concentração e poder de foco, têm recorrido a ele para render mais no trabalho ou conseguir dar conta, com sucesso, de um grande número de atividades, pressões e responsabilidades.

Para cada caso, um tratamento

Conforme enfatiza a Dra. Lais, a neurologia, sozinha, é capaz de tratar casos em que o TDAH se apresenta isolado de alguma outra condição associada – as chamadas comorbidades. Para essas ocorrências, uma medicação baseada em metilfenidato seria suficiente. No entanto, 2/3 das pessoas que têm TDAH têm comorbidades, que exigem a associação de tratamentos diferentes à neurologia. Um transtorno de ansiedade, por exemplo, poderia ser acompanhado por uma terapia cognitivo-comportamental; o aparecimento de uma dislexia necessitaria do acompanhamento de uma fonoaudióloga; transtornos afetivos de humor bipolar exigiriam o suporte de um psiquiatra e até de uma outra medicação.

Fernando representa um caso em que foi necessário associar tratamentos diferentes. Hoje um estudante universitário de 23 anos de idade, ele já fez onze de psicoterapia e cinco de terapia cognitivo-comportamental. Só começou a tomar metilfenidato aos 16 anos de idade. Mara sentiu que o remédio, apesar de contribuir positivamente, não é suficiente sozinho e serve a um propósito específico: ajudá-lo a se concentrar nas aulas.
Dra. Lais admite que o metilfenidato, apesar de geralmente ser bem tolerado, pode ter efeitos colaterais, mas somente enquanto a substância ainda estiver no sangue de quem a ingeriu. Inibição do apetite é geralmente o primeiro efeito, mas também pode ocorrer um aumento da emotividade em crianças. Taquicardia e dor de cabeça muito raramente aparecem. Associado à perda de apetite está o temor dos pais quanto a problemas de crescimento geralmente ligados à medicação. Na verdade, o que acontece é que em algumas fases da vida de quem toma o remédio o crescimento fica menos acelerado do que poderia – mas a altura final do indivíduo não é afetada, conforme explica a neurologista.

A especialista explica ainda que o risco de o medicamento aumentar o uso de drogas é um mito que não procede, pois geralmente quem tem TDAH recorre às drogas procurando alívio e fuga após sofrer inúmeras e sucessivas frustrações, e o remédio serve justamente para ajudar a evitá-las e assim também diminuir a possibilidade de que as drogas sejam buscadas.

TDAH em família

Segundo a neuropsiquiatra Tania Almeida, especializada no atendimento a famílias que têm membros com TDAH, é importante que os portadores do Transtorno e as pessoas que convivem com eles conheçam a maneira como funcionam. “O TDAH é uma disfunção que se expressa por comportamentos peculiares que, se conhecidos, podem ser levados em conta pelo próprio portador – para criar mecanismos compensatórios – e pelos que o cercam – para adequarem suas cobranças e ampliarem suas manifestações de reconhecimento pelo esforço que os portadores fazem para se adaptarem a determinadas exigências sociais”.
Uma dica é evitar a cobrança excessiva, valorizando o que é realmente importante. “Eles (os portadores de TDAH), eventualmente, precisam de mais tempo e mais silêncio para fazerem exercícios escolares e provas; precisam ser auxiliados a criar mecanismos compensatórios para não esquecer, não perder, se organizar, se concentrar; precisam que nós selecionemos dentre as mil e uma incorreções de seu comportamento, poucas para chamarmos atenção, sob pena de serem repreendidos ininterruptamente e ampliarem seu comprometimento no relativo à auto-estima”, alerta Tania.

A neuropsiquiatra enfatiza o quanto pode ser lucrativo o resultado de uma maior compreensão do TDAH. “Pais e parentes esclarecidos, professores e cuidadores esclarecidos, portadores e amigos esclarecidos sobre o funcionamento da disfunção podem com ela lidar de maneira mais favorável, ajudando a sobressair as competências que esses indivíduos também têm – muitas vezes, especiais competências – e não as suas incompetências”.

http://opiniaoenoticia.com.br/vida/saude/tdah-quando-nao-compreendido-um-transtorno/
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Inclusão de Crianças Portadoras da Síndrome de Down


Incluir não é uma das palavras mais simples de ser praticada, principalmente quando nos deparamos com alguma criança portadora de deficiência, seja ela qual for.
Logo nos vem na cabeça uma série de dúvidas: como trabalhar? Que método usar? Vou dar conta? Que conteúdos serão ministrados?
O primeiro passo é saber o que é Síndrome de Down e o que acarreta na vida de uma criança ser portadora desta síndrome.
O desenvolvimento da pessoa com SD ocorre em um ritmo mais lento. Elas são hipotônicas (molinhas), tem problemas de visão e audição e aprendem de maneira diferenciada, mas aprendem.
Toda criança deve ter regras bem definidas, ensinando limites e não se deixando levar pelas birras e ataques de teimosia (que certamente existirão). Uma criança com a SD não pode ser diferente este tratamento.
Muitos aspectos da síndrome são conhecidos, mas algumas barreiras precisam ser rompidas.  A aceitação e o preconceito da sociedade ainda existem, uma vez que os padrões estéticos e de produtividade são muito valorizados em nossos dias.
As tentativas de inclusão de crianças portadoras da SD em escolas regulares esbarram no despreparo dos profissionais e da não aceitação por parte de alguns pais, que se sentem incomodados com a presença de alguém “diferente” na companhia de seus filhos “perfeitos”.
Hoje não se pode precisar até onde uma pessoa com Síndrome de Down pode chegar com sua autonomia, mas acredita-se que seu potencial é muito maior do que se considerava há alguns anos atrás.
Incluir significa oportunizar e habilitar essas crianças a realizarem todas as suas potencialidades, minimizando as inferioridades resultantes de suas dificuldades. A escola precisa trabalhar a aceitação da criança, incentivar sua independência através de elogios dando liberdade para que estas conquistem seu espaço e o respeito das outras pessoas

                                                                     Leila Bambino
                                          Psicopedagoga-Clínica e Educadora Especial
                                                          leilabam@terra.com.br

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Retrato de sala de aula

No meu dia-a-dia em sala de aula vivencio muitas coisas. Como trabalho com crianças de 6 anos é enriquecedor acompanhá-las  em seu primeiro dia de aula: apreensivas, curiosas, assustadas e chorando muito, com medo do que virá pela frente.
No outro lado, pais não menos apreensivos, assustados e chorosos, tendo que “abandonar” seu filho na escola, sozinho e desprotegido.
Todos nós que somos pais passamos por isso. Uma mistura de sentimentos, medo, ansiedade e orgulho, afinal, nosso filho cresceu e está dando seus primeiros passos rumo a tal independência (que medo).
Inicio o ano letivo. Todas as crianças com seus lindos materiais escolares, caixa de lápis de cor, borracha e lápis com seus heróis estampados. As famosas mochilas de rodinha cheias de cadernos, tudo cheirando a novo e pronto para ser usado.
 Costumo acolher meus alunos em seu primeiro dia com atividades agradáveis e de fácil realização. Aproveito para traçar um diagnóstico da turma e detectar o nível em que as mesmas se encontram.  A partir destes dados começo com os conteúdos propriamente ditos.
Depois de alguns anos em sala desenvolvi uma percepção grande em relação às crianças e meu olhar já se volta para aquelas que não estão conseguindo acompanhar o restante do grupo. As atividades ficam incompletas, não param quietas em sua carteira, parecem distantes e desestimuladas, algumas parecem que não tem força para se mexer, apáticas e sem aquele brilho no olhar.
Sinal vermelho, algo começa a dar errado. É preciso conversar com os pais e verificar o que está acontecendo. Talvez a criança esteja dormindo muito tarde, alimentando-se mal, necessitando de uma ajudinha em casa para conseguir acompanhar as outras crianças.
Nada muda, a apatia persiste e as atividades continuam incompletas. A desorganização parece só aumentar. Novo contato com os pais, que parecem não admitir que algo está errado. Os colegas de sala vão avançando, as letras vão sendo descobertas e um novo mundo se descortinando somente para alguns.
Aquela criança parece não se desenvolver e a cada dia fica mais perceptível sua dificuldade. Os colegas já não a querem para brincar, pois a mesma está sempre atrasada e não sabe responder as perguntas da professora. Inicia um processo de exclusão natural, onde os mais fortes dominam a situação.
Novo contato com os pais. Explico o que acontece e sugiro uma avaliação médica a fim de minimizar a angústia de todos e descartar qualquer problema neurológico. Novamente vem a negação: “Meu filho não tem nada”. E as dificuldades continuam...
Finalmente, depois de muitas idas e vindas, bilhetes enviados, noites sem dormir, a criança vai ao médico: Diagnóstico de TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade). Remédio prescrito, criança medicada. Tudo parece bem, a criança consegue concluir as atividades, está mais caprichosa, sua letra, organização e socialização melhoraram. Dou início ao resgate do conteúdo através de atividades paralelas.
O tempo passa e a medicação vai sendo esquecida. Um dia toma, dois dias não toma. Começa a recaída e um novo contato com os pais é feito.
Vem a resposta: “Não vou mais medicar meu filho, ele é muito novinho e vai ficar viciado. Minha vizinha disse que sou maluca de dopar uma criança e que a culpa é da escola que não sabe ensinar”.
Só me resta como professora torcer pela criança, que afinal não tem culpa de ter nascido com TDAH. Infelizmente não posso mudar os pais e tenho que conviver com relatos como este o ano inteiro.
Para ilustrar esta minha fala gostaria de compartilhar com vocês o desenho de uma aluna. Seu nome é Beatriz. Os nomes das outras crianças foram retirados, por questões lógicas. Observem que neste desenho a aluna retrata uma situação real, onde a criança M está alheia, sentada no canto da sala observando uma borboleta. Esta criança em questão tem o diagnóstico de TDAH e os pais resolveram não medicar.
O desenho fala por si.


                                   
 Escrito por Leila Bambino (professora)
                                 leilabam@terra.com.br



Esteja presente na educação de seu filho em 13 passos:


1.    Converse sempre com seu filho. Procure saber sobre as coisas relacionadas com a escola. O nome de seus amigos, o que aprendeu de interessante. Se mostre interessado.
2.     Acompanhe as tarefas escolares. Elas devem ser feitas em um lugar tranquilo, longe de qualquer estímulo que possa causar distração e sempre no mesmo horário, criando com isto uma rotina de estudos.
3.    Questione sobre os assuntos da escola. Com isto você poderá ter uma noção daquilo que ele está de fato aprendendo. Caso isto não esteja acontecendo é sinal de alerta e o professor deverá ser procurado.
4.    Ensine seu filho a respeitar os professores. Mesmo que haja diferenças e antipatias seu filho deverá ter consciência da importância deste profissional.
5.    Não permita que seu filho falte às aulas sem necessidade. Quanto mais aulas os alunos perderem, maiores serão suas dificuldades e probabilidade de notas baixas.
6.    Incentive a leitura. Não basta apenas pedir para que seu filho leia. Você precisa dar o exemplo, lendo com ele, oferecendo livros com assuntos de seu interesse. Visite bibliotecas e livrarias. Espalhe livros pela casa e faça da leitura um momento de alegria e magia.
7.    Valorize a escrita. Escreva bilhetinhos carinhosos para seu filho e deixe sempre a disposição lápis e papel em casa. Brinque de forca, adedanha (stop), jogos com pistas.
8.    Seja o exemplo. Mostre a importância dos estudos, seja curioso, questione seu filho sobre as coisas.
9.    Visite a escola de seu filho. Procure conhecer seus professores e o método de ensino aplicado. Observe as dependências da escola, esteja ciente das regras, que normalmente estão escritas na agenda escolar e ensine seu filho a cumpri-las.
10. Valorize e dê apoio aos professores de seu filho. Vá às reuniões agendadas. Quando tiver dúvidas entre em contato, através de bilhetes ou marcando um horário que seja compatível para ambos.
11. Saiba da assiduidade dos professores que trabalham com seu filho. A ausência frequente destes profissionais pode acarretar prejuízo na educação de seu filho. Caso isto ocorra, entre em contato com a escola e exija um maior comprometimento.
12. Exija uma escola de qualidade. Na época das eleições escolha candidatos comprometidos e que valorizem a educação e acompanhe seus escolhidos.
13. Critique, dê sugestões e elogie sempre que puder. Professores gostam de receber elogios, isto os motiva e faz com que seu trabalho continue cada vez melhor.

Leila Bambino
Psicopedagoga- Clínica
( ABPp- SC 380-2010)
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O dia-a-dia do professor



Não é fácil ser professor. Eles sempre são os culpados pelo fracasso escolar dos alunos. Os pais culpam a escola, o professor, a turma em que seu filho está inserido, o diretor, os colegas, o governo...
No início do ano letivo, com alguns poucos meses de aula, já se consegue detectar as dificuldades do aluno, sejam elas cognitivas, emocionais ou comportamentais. A primeira entrega de boletins é feita e as conversas com pais ou responsáveis se iniciam (evidentemente quando estes se disponibilizam a vir até a escola).
É o momento das desculpas: “Meu filho no ano passado não era assim”. “Esta dificuldade eu também tinha quando pequeno, mas passa quando crescer”. “Será que não está havendo um exagero por parte da escola?”. “Os professores é que não sabem repassar os conteúdos de maneira que meu filho entenda”. E por aí vai...
Segundo bimestre, nada muda! As tarefas voltam sem serem feitas, bilhetes não são assinados, avaliações com rendimento cada vez mais baixo. Os dias seguem e os conteúdos necessitam serem vencidos. Recuperações paralelas, trabalhos em grupo, atividades extras para que o aluno atinja a média mínima exigida. Neste ínterim, novo contato com os pais, solicitação de avaliação médica para descartar problemas de visão, audição ou de ordem neurológica. Inicia-se neste momento uma longa espera até os pais levarem seu filho ao médico (quando levam).
Terceiro bimestre. A situação já está insuportável. O professor de mãos atadas à espera dos exames solicitados no bimestre anterior.  Notas decaindo, cansaço chegando, todas as formas de auxiliar o aluno foram feitas: recuperação de conteúdos, mudança de lugar mais próximo ao quadro, bilhetes de incentivo, conversas informais para tentar de alguma maneira reverter o que parece inevitável e as infinitas tentativas de falar com os responsáveis, seja por avisos no caderno e ligações para um celular que insiste em dar “FORA DE ÁREA”.
Enfim o quarto bimestre. O ano acabando é finalmente os pais aparecem para conversar. Na verdade a pergunta quase sempre é a mesma: “Meu filho vai passar de ano professor?”. Bate o desespero: “como recuperar as notas baixas”?
Não é raro o professor ouvir dos pais: “Mas porque não me chamaram antes? Se eu soubesse que estava tão grave a situação já teria feito alguma coisa”.  Começa aí a luta contra o tempo, decorar conteúdos e mais conteúdos e as mais variadas promessas vindas por parte dos pais: “Se você tirar uma boa nota vai ganhar uma bicicleta”. “Vou comprar um celular lindo para você”...
Final de ano, estresse, correria, desespero... Chega natal!!!!
Ano novo! Vida nova!  Novas metas, esperanças transbordando...
Vamos torcer para que no próximo ano tudo seja diferente.

    Leila Bambino



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Psicopedagogia: Estímulo e qualidade de vida na terceira idade




Psicopedagogia: Estímulo e qualidade de vida na terceira idade
Lully Nascimento

Pedagoga com Especialização em Psicopedagogia
Membro da Associação Brasileira de Psicopedagogia Seção São Paulo – Registro nº 128



O trecho do livro “Em busca de sentido” de Frankl, citado por João Cândido de Oliveira em “Empreendedorismo, Trabalho e Qualidade de Vida na Terceira Idade”, justifica a frase final do meu artigo “A Intervenção Psicopedagógica com Idosos”. Finalizo afirmando que sem desejo não se vive. Para Frankl, a vida torna-se severamente comprometida na ausência de sentido que justifique o esforço e o ímpeto de viver. Ele é enfático sobre o papel do trabalho nessa construção, segundo ele, o alicerce da vida adulta assenta-se em variáveis múltiplas, que podem ser resumidas em duas premissas básicas: amor e trabalho.
Um ser humano desprovido de deveres e responsabilidades, desvestido do significado do que se entende por cidadania, é um ser desnudo de símbolos e do verdadeiro significado da existência como ser que pensa e que tem sentimentos.
Acontece que nem todos os idosos estão em uma condição em que impera o amor, o trabalho, o respeito e o pensamento. Para muitos, o que restou, foram lembranças, saudades e o sentimento de abandono.
Para esses que moram em casas de repouso, asilos ou são esquecidos em hospitais e clínicas psiquiátricas, o trabalho há muito deixou de existir e o sentido pela vida, morre a cada dia.
Segundo as estudantes de jornalismo que entrevistaram vários idosos em instituições privadas e escreveram o livro: “Me conte a sua História” - são dois os sentimentos que mais os preocupam: o abandono e o esquecimento.
Para essa grande parcela de população de idosos, em nada há de real a denominação de “melhor idade”.
Idoso, melhor idade, terceira idade, enfim, em nossa sociedade, só é considerado um ser humano por inteiro, aquele que produz, que pensa e que trabalha. Aquele que dá um sentido a sua vida, não apenas em detrimento de causas próprias, mas um sentido amplo de realização, expandindo aos demais.
O trabalho psicopedagógico com o idoso visa, basicamente, reintegrá-lo à sociedade, retomando a autoria de sua própria história, com o orgulho e com a sabedoria, que apenas os mais velhos têm. Nesse caso, não seria a produção, mas a reprodução de um conhecimento, de uma vivência, que nenhum livro ou manual consegue captar. Estimular o cérebro da pessoa idosa, proporcionar novas sinapses, incitar a produção de neurônios, reativar a memória com exercícios, seja a leitura, a dança, os jogos, o canto, o tocar um instrumento, atividades manuais, tarefas que proporcionem prazer, uma espécie de ócio produtivo.

Isso tudo é possível com o trabalho de Intervenção Psicopedagógica. Como escreveu Célia Pereira Caldas, a inteligência, o idoso não perde. O que ocorre é uma lentidão da atividade mental, daí a necessidade de uma quantidade maior de explicações e repetições para que ele entenda o que estamos dizendo. No entanto é preciso destacar que aqueles que mantêm sua mente em atividade minimizam suas perdas cognitivas.
Caso contrário, o idoso, aos poucos, perde sua identidade, sua meta de vida, seu foco e passa a fazer parte, simplesmente de um retrato. Um Retrato como o poema de Cecília Meirelles, em que a face se esvai e nem se sabe, se de fato, valeu a pena tantas perdas e mudanças.

Assim como o empreendedorismo tem como objetivo melhorar a qualidade de vida na terceira idade, o trabalho psicopedagógico, de uma maneira ainda muito tímida, nova e com atuação individualizada, tem como pretensão, também, melhorar a qualidade de vida e proporcionar a elevação da auto-estima, otimizando o tempo e a vida da pessoa idosa.
Afinal de contas, como disse Cora Coralina “Estamos todos matriculados na escola da vida, onde o mestre é o tempo."

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Procura-se...




Pais presentes que não deleguem à escola uma função que é sua.
Pais que acreditem que a educação é feita de regras e limites claros e objetivos.
Pais que acreditem na palavra NÃO, pois a permissividade hoje leva a má educação no futuro.
Pais que corrijam seus filhos, apontando seus erros e mostrando através de exemplos o que é certo.
Pais que acompanhem os estudos do seu filho, mostrando interesse, assinando as avaliações e conhecendo seus professores.
Pais que não aceitem notas baixas e tarefas mal feitas.
Pais que não tenham que repetir a mesma ordem milhões de vezes, até o filho querer fazer o que é solicitado.
Pais que não encobertem erros dos filhos, acreditando que desta forma os estão preservando.
Pais que não deixem de cobrar as obrigações do filho por pena, achando que é demais para eles.
Pais que não silenciem diante de respostas inadequadas e agressivas do filho.
Pais que não queiram comprar seu filho com brinquedos e presentes, em lugar de dar atenção e carinho.
Pais que não “tapem o sol com a peneira”, achando que as dificuldades do filho passam com a idade.
Pais que invistam na educação de seus filhos, sabendo que no futuro todo este investimento terá um retorno.
Pais que cultivem o diálogo franco entre os filhos.

Leila Bambino
leilabam@terra.com.br

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Educação é tudo

Se você leu até aqui, continue.
Por Educação.
Porque Educação é a única maneira de todos nós continuarmos.
Educação é tudo na vida.
Quando você diz bom-dia, é Educação.
Quando você aprende a ler ou a voar, é Educação.
Quando você planta uma árvore ou deixa de poluir, é Educação.
Quando você passa por um museu, um teatro, uma igreja ou um lugar histórico e entende o que isso significa, é Educação.
Educação é o maior patrimônio de um ser humano.
Porque Educação não é só aprender a ler ou a escrever.
Educação é você aprendendo o seu próprio país e o mundo.
E, nesse processo, aprendendo sobre você mesmo.
Muito mais: Educação são todos aprendendo sobre todos.
Educação são 165 milhões perguntando quem somos e para onde vamos.
E descobrindo a magia e o poder das respostas.
Quem tem Educação, tem muito mais que um país, tem uma nação.
E quando cada ser humano nasce, é como se uma biblioteca inteira começasse a ser construída.
Um processo que não termina nunca...
E que se chama futuro.
EDUCAÇÃO É TUDO.


Autor Desconhecido
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A importância da educação infantil

A primeira escola não existe para substituir a babá, para apenas tomar conta dele enquanto você trabalha ou para preparar a melhor Festa Junina da sua vida. A escola de educação infantil vai muito além

Ei, você aí: passou do tempo de pensar que criança de 0 a 6 anos não aprende, de fato, na escola, pois “só” brinca.Também não dá mais para achar que é cedo para entender linha pedagógica, diferenciar construtivismo de escola tradicional, saber quem foi Maria Montessori, Jean Piaget ou Rudolf Steiner.Além de descobrir se está perto de casa, quanto custa, como cuida da limpeza, que tipo de alimentação oferece e se trata seu filho com carinho, é hora de identificar como essa escola vai educá-lo. Pois ele aprende desde que nasce que a escola é o ambiente social mais importante depois da família.
Educação infantil pode ser mais importante do que o curso superior? Sim. É quando a criança experimenta o prazer pelo aprender e começa a gostar dela (ou não). A escola aguça a curiosidade da criança e diz a ela “olha que interessante é a vida!”.
Está se achando neurótico por já imaginar vestibular, faculdade e carreira profissional? Não se martirize. O futuro começa agora e por isso é hora de decidir se vai priorizar uma formação humanista em que se preza a criação de um ser crítico e capaz de tomar decisões ou optar por um perfil mais pragmático, em que o foco é o conteúdo, voltado para o vestibular e o êxito profissional. Ou tudo isso junto se for possível. Ou equilibrar.
Escolinha?!

Por essas e outras, chamar de “escolinha” soa pejorativo. O termo não existe à toa. A sociedade demorou a entender que infância é um período importante e as crianças são diferentes em determinadas idades. Para ter uma idéia, faz somente dez anos que o Ministério da Educação — com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases — reconheceu a educação infantil como parte da educação básica de qualquer brasileiro. Isso reflete no que é oferecido às famílias, pois, entre outras coisas, indica ser fundamental a especialização do educador. Significa que educação infantil tem de ir muito além da “tia”, das recreações, do Dia das Mães ou das canções de Natal. O seu filho precisa estar em um local com profissionais especializados que promovam rotinas baseadas em propostas pedagógicas muito bem fundamentadas.“Escola infantil não vive de improviso e não é um parque de diversões”, diz o educador Marcelo Bueno, coordenador pedagógico da escola Estilo de Aprender. Renata Americano vai além: “É o pedaço mais precioso da vida, porque é quando está se formando a identidade da criança!”.

O período se resume em estar com os outros. “Aprendem a ser e a conviver. É a fase do ‘como’: como eu escovo os dentes, como eu lavo as mãos, como eu seguro o lápis, como eu brinco,como eu corro,como eu pulo. Ou seja: ‘como sou’, ‘como devo ser’ e ‘como faço para ser’”, diz Karina Rizek Lopes, coordenadora da Área de Educação Infantil da Secretaria de Educação Básica do MEC. “Além do desenvolvimento físico da criança, também acontece o psíquico e o do caráter”, afirma Quézia Bombonatto, vice-presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia. 
Cristiane Rogerio e Jeanne Callegari
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MINHA FILHOTA BABY