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Brincar pra quê?


“A criança joga (brinca), para expressar agressão, adquirir experiência, controlar ansiedades, estabelecer contatos sociais como integração da personalidade e por prazer."(Winnicott)

Brincar é algo inerente à natureza dos indivíduos. Todas as crianças se divertem das mais variadas formas. Além de auxiliar na construção da nossa personalidade, nos faz conviver em grupos e aceitar regras pré-estabelecidas.
Para as crianças brincar é uma coisa muito séria. Elas de fato mergulham nas brincadeiras, esquecendo de tudo à sua volta. Criam fantasias que, de alguma maneira, antecipam situações que vivenciarão na fase adulta.
Muitos psicólogos utilizam o ato de brincar como forma de intervenção, onde a criança fica mais envolvida com o lúdico, deixando transparecer questões que possam estar influenciando determinados comportamentos patológicos.
Vygotsky e Piaget, dois teóricos bastante conhecidos na área da Educação, apresentaram propostas cientificas que conferiam funções pedagógicas às atividades que envolviam o lúdico. Piaget acredita que os jogos têm um caráter bem amplo auxiliando no desenvolvimento infantil, pois quando as crianças jogam, assimilam e conseguem transformar sua realidade.
Muitos pais julgam que as brincadeiras realizadas em sala são pura perda de tempo. As crianças devem encher folhas e mais folhas de atividades escritas, pois desta forma se tornarão “alguém” na vida. Acabam se tornando mini adultos, cheios de obrigações, agendas repletas de atividades extraclasses, sem tempo para relaxar e fazer aquilo que para elas é o mais importante: brincar
Devemos considerar que brincar é o trabalho da criança. Quando esta não brinca, algo está errado. Dentro da instituição escolar é fundamental que o professor ofereça à criança tempo para brincar.
Alguns profissionais também não acreditam no lúdico em sala de aula , mas estudos apontam para um maior rendimento no que se refere ao ensino e aprendizagem, quando este é oferecido de maneira lúdica e com objetivos definidos.
Esta visão equivocada de que escola não é lugar de brincar nos remete à Idade Média, onde a revolução cultural culminou com a ascensão do cristianismo. Com isto, o jogo foi considerado imoral, forçando as crianças a fugirem das brincadeiras dentro das escolas, devendo ser a escola um espaço apenas de estudos. Felizmente estamos vivendo no século XXI, e este tipo de pensamento deve ser abolido de nosso meio.

Vamos fazer do dia-a-dia de nossas crianças algo agradável e rico de significados. Será que respondi a pergunta feita no título deste artigo? Espero que sim...

Leila Bambino
leilabam@terra.com.br

2 comentários:

Cantinho da Dezinha disse...

oi Leila, obrigada pela visita ao meu cantinho seja sempre bem vinda
bjos

Rérida Maria disse...

Infelizmente toda as escolas tem o seu ou seus "JOÃO"!

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