Quando penso que as coisas não podem ficar piores na Educação, algo acontece. Abro o jornal e leio que o MEC (Ministério da Educação e Cultura) manterá a decisão de adotar uma cartilha que estimula erros gramaticais. A tal cartilha tem até nome: “Por uma vida melhor”. Parece até piada de mau gosto...
Este “livro” será distribuído pelo Programa Nacional do Livro Didático para Educação de Jovens e Adultos. No Brasil, 485 mil jovens e adultos terão acesso à publicação. A autora defende a superioridade da linguagem oral sobre a escrita. Falar que “vou subir pra cima” passa a ser considerado certo.
Isso mesmo caro leitor, você não está precisando de óculos. “A gente podemos” falar assim, sem agredir o ouvido dos outros, pois esta concordância estará certa...
O MEC afirma também que a norma culta continuará sendo exigida nas provas e avaliações, mas que o livro estimulará a formação de cidadãos que falem de maneira mais flexível. O objetivo desta cartilha, ou livro, como queira chamar, é discutir o mito de que há apenas uma forma de se falar corretamente.
Confesso que estou pasma. Como professora alfabetizadora e Psicopedagoga-Clínica não sei mais qual é o meu papel. Não basta a violência escolar, baixos salários, negligência dos pais, descaso das autoridades de todas as formas, agora mais isso...
Será que o Brasil ainda tem jeito? Daqui a pouco seremos vários “Brasis”, onde cada um fala de um jeito... Agora raciocinem comigo: Se falando a mesma língua os brasileiros já não se entendem, o que será daqui para frente?
Mais um “poblema” para ser resolvido!
Leila Bambino
leilabam@terra.com.br
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