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Professores pedem socorro!!


Os profissionais da área de saúde têm recebido em seu consultório um número cada vez maior de crianças em idade escolar com queixas de ordem comportamental ou de aprendizagem. São crianças desatentas ou agitadas demais, deixando quem vive ao seu lado completamente desorientado.
Um dos profissionais que deve ser visto como aliado dos pais na busca de melhores condições para estas crianças muitas vezes é pouco reconhecido e quase sempre mal interpretado. Este profissional é o professor. Sabemos que hoje, segundo dados do Ministério da Educação, quase 20% dos brasileiros com idade entre 15 e 19 anos são considerados analfabetos. Dados que preocupam, pois o Brasil tem o sétimo maior contingente de analfabetos do planeta, o que representa 12% da sua população. (UNESCO, 2005).
O que será que está acontecendo? As escolas estão cada vez mais preocupadas com o destino destas crianças e jovens, que saem sem o mínimo necessário para encarar a realidade fora de seus portões. Agressividade e falta de respeito entre professores e alunos, famílias em transformação e uma impossibilidade de agir, visto que os alunos detêm todos os direitos, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Os educadores tentam fazer a sua parte, alertando os pais e responsáveis, que na maioria das vezes não aceita que seu filho tenha alguma dificuldade, colocando a culpa na escola ou no sistema. Com isto o problema acaba se estabelecendo, ficando mais difícil de ser resolvido.
Desde muito cedo já se percebe quando a criança apresenta algum tipo de dificuldade. Ler e escrever são coisas tão naturais quanto falar e caminhar. Quando isto não acontece algo está errado e necessita de uma investigação mais aprofundada. O professor pode observar, mas sozinho não consegue dar conta, necessitando recorrer a outros profissionais.
Se a criança apresenta dificuldades de visão existe necessidade de fazer encaminhamento para um médico especialista. Porque isto não acontece quando a criança não consegue aprender? O professor fica com a criança uma parte do dia e com isto consegue observar muitas questões como: socialização, habilidades motoras, aprendizagem, conduta, dificuldades na fala, audição e muitas outras. O professor consegue detectar os problemas, mas não tem o poder de cura. Ora, a criança necessita de uma equipe multidisciplinar, trabalhando em conjunto para conseguir minimizar os problemas e avançar para um desfecho feliz.
Mas, o que acontece na maioria das vezes é a busca de culpados, para algo que ninguém tem culpa. O aprendizado não tem fim, mas a base dele está na infância e deve ser tratado o quanto antes.

Leila Bambino
Pedagoga/Psicopedagoga-clínica
leilabam@terra.com.br

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