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TDAH e seus verdadeiros culpados!


Muitas pessoas que desconhecem a natureza complexa do transtorno e seus efeitos devastadores nos indivíduos e nas famílias o consideram um problema trivial, diagnosticado e tratado de forma exagerada.
Para os profissionais ligados à Educação, que convivem com esta dificuldade dia após dia, tudo parece não ter mais jeito. A família nega, diz que “isto não existe, quando crescer passa, é apenas uma fase, pois o filho não é um doente”. O professor, de mão atadas, tenta sem sucesso lutar contra algo neurológico, tendo muitas vezes que ouvir de colegas e das famílias que não dá conta de ensinar e que a disciplina em sua sala é um horror! Sem poder exercer autoridade em sala, caso contrário será intimidado por crianças, que dizem: “Minha mãe disse que você não manda em mim”. O que fazer?
Na verdade 7 a 10% da população mundial sofre com esta síndrome. Isto já está comprovado, através de inúmeros estudos feitos ao longo de anos de pesquisa.
O TDAH normalmente é confundido com falta de vontade, “preguiça”, mas na verdade é essencialmente um problema químico nos sistemas de gerenciamento do cérebro. Vamos nomear os verdadeiros “culpados”? DOPAMINA E NOREPINEFRINA, dois neurotransmissores que estão intimamente ligados ao transtorno.
Existem estudos que evidenciam a importância destes dois neurotransmissores nas dificuldades relacionadas ao TDAH. Esta constatação vem de mais de 200 estudos realizados com o tratamento medicamentoso com estimulantes no alivio dos sintomas do transtorno. Estes funcionam em 70 a 80% dos casos diagnosticados.
Estes estimulantes não curam, apenas aliviam os sintomas enquanto a medicação está ativa, melhorando significativamente a concentração e a agitação decorrentes do transtorno.
Muito se fala em SÍNDROME. Afinal, o que quer dizer esta palavra tão assustadora?
Síndrome é um termo que descreve um grupo de sintomas que aparecem juntos. No caso do TDAH: desatenção, agitação, dificuldades de memória, incapacidade de manter a atenção por muito tempo em uma determinada tarefa, desorganização e o hábito de deixar tarefas importantes para o último momento. Muitas crianças acabam se tornando agressivas, pois como não conseguem se concentrar, não permitem que os colegas o façam, chamando a atenção, falando sem parar, levantando do lugar e sendo motivo de risadas. E quem não participa da “brincadeira” é agredido com palavras ou até mesmo fisicamente.
E os professores? Bem, estes assistem a tudo sem poder fazer nada. Relatórios e mais relatórios, encaminhamentos para médicos, aconselhamento familiar, terapia, mas tudo acaba no fundo das gavetas, pois a família NEGA, e a vida segue. Até quando nossas crianças sofrerão por tanto desconhecimento?
Leila Bambino
Educadora Especial/ Psicopedagoga Clínica
leilabam@terra.com.br

1 comentários:

Bia Machado disse...

Oi Leila
Estou terminando psicopedagogia e tenho um filho com TDAH, sendo eu mesma também portadora. Sei na vivência do cotidiano o que você está falando. para nós é muito importante o conhecimento e a acetação. Foi a partir daí que pudemos viver melhor (ou conviver).
Gostei muito do seu blog!
um abraço

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